sexta-feira, 18 de novembro de 2011

homens bons

'fiquei com inveja do adam', eu disse.

senti que fui olhada com uma leve cara de cu naquele momento. é que adam nem existe, é um personagem que perdeu tudo, foi julgado, cumpriu pena aberta e teve que trabalhar servindo comida para moradores de rua, conforme declarou o juiz. inveja disso?

penso sobre os perrengues da classe média. tudo resolvível. temos base, tivemos estudo, temos algum dinheiro. temos condições de fazer mais dinheiro. temos o conhecimento, temos os contatos, de certa forma, temos o poder. só não temos muita iniciativa, fale a verdade... eu, pelo menos, nunca tive.

'tudo o que é necessário para que o mal triunfe é que os homens bons não façam nada'. (edmund burke)

essa frase não saiu mais da minha cabeça, desde o começo do outro livro. acho que já está na hora de eu agradecer à minha boa condição e fazer algo. de forma prática, me vêm à cabeça dois grupos que adoro e que conseguem ser bem impotentes dependendo das circunstâncias: cachorros e crianças.

eu não preciso de julgamento de juiz nenhum para começar um trabalho desses. inicia então a busca ao trabalho voluntário ideal. burocracias. responsabilidade e compromisso. eu vou encontrar algo.

simbora, homens bons.

ouvindo: amsterdam - coldplay

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