ceia

ceia de natal... quase tudo perfeito, só falta o carlos e a pothi... bom, o carlos eu verei amanhã, a pothi vou ter que esperar até chegar meu dia de ir pro outro lado, o que talvez demore muito... uhm, se ela está bem eu estou bem também... mas admito que senti falta de ver ela cheirando todos os presentes pra ver onde estava o dela...

"esse é o da pothi, êee, feliz nataal" (enquanto ela enfiava a cara dentro do pacote abanando o rabo sem parar)... sinto falta da criança da casa... hehe, criança com pêlos brancos...

natal é sinônimo de família... e família sem a pothi é foda... mas tudo bem, esse ano eu ganhei algo precioso demais: o carlos :)

ouvindo: o tsuru tocar piano aqui do lado

pothiii

fui sair de casa, abri o portão e fechei correndo pra pothi não sair... quase falei 'não vai sair heing', mas aí lembrei que ela não tava mais aqui... cheguei em casa e fui logo pra cozinha buscar um biscoito, mas no meio do caminho desisti... aliás, logo fui abrir a porta da cozinha pra ela não ficar do lado de fora chorando... desisti também...

estou com uma abstinência fodida do meu cão... dos barulhos que ela fazia e da rotina que a gente tinha aqui em casa... guardar casca de pizza pra ela, gritar 'pothiii' quando cai comida boa no chão (às vezes de propósito, claro, hehe)...

de vez em quando eu acho que nós éramos as duas únicas crianças da casa... mas agora a minha criança interior também evaporou...

dia após dia eu vou superar o vazio da partida da minha irmã caçula, sou forte sim.

ouvindo: nada again

pothi

sabe que às vezes eu ainda ouço os barulhos dela? logo de manhã me bateu um desespero pq eu nunca mais vou mexer naquela barriga quentinha nem enchê-la de beijos e depois ficar com a boca cheia de pêlos... quando eu chego em casa, vou dar biscoito pra quem? e quem vai ficar chorando e pedindo mini pão de queijo (que minha mãe nunca comprou pra gente, sempre foram só dela)...

a pothi não foi só um cachorro, ela era um ser humano que não falava e só não escrevia porque não conseguia segurar a caneta... foi ela que me ensinou a comer laranja, mexer as orelhas, fazer cara de coitada, conseguir coisas pela insistência, etc etc... bichinho tão inocente que me ensinou tantas coisas...

eu não ligo de nunca mais ter sentado no sofá pra deixar o lugar pra ela... olhava pra esquerda e pensava 'isso, fica aí dormindo, forgada'...

a casa só tem adultos agora, é um ar muito amargo... que porcaria, eu quero brincar com o meu cachorro, e agora? quero puxar pano e ficar com a roupa cheia de pêlos brancos, sentar no chão... quem melhor pra me ajudar a exacerbar esse meu lado criança?

foi bom enquanto durou :)

ouvindo: nada

esse ano

este ano... muitas coisas boas e uma coisa péssima.

perdi uns 10kg, aprendi bolero, consegui correr 40 minutos, aprendi tango, arranjei uma companhia longe-porém-perto-via-msn, achei um cara que amo muito, trabalhei que nem camelo, limpei do armário tudo o que já não me servia (se vc bem me entende)...

somente uma coisa ruim esse ano... meu cachorro. não sabia como era doloroso ver um cachorro doente. talvez eu não seja tão forte quanto gostaria... porcaria.

ouvindo: crash into me - boyce avenue

rascunho de metas

tá acabando o ano... tô fazendo rascunho das metas para 2010... entre as prioridades estão: emagrecer pra caralho e formar uma pequena rede de amigos fodaços...

acho que emagrecer pra caralho é o menos difícil, já que está 100% em minhas mãos...

formar uma pequena rede de amigos fodaços anda complicado, já que não acho porcaria de amigo nenhum que combine tanto assim comigo... eu até tenho uma, mas tá far far away comendo milhos... hunf...

fim de ano e meu autismo se exacerba cada vez mais... vai ver que isso é só auto-defesa de gente cansada que nem eu... hehe... dois mil e dez que me aguarde viu... tomarei fôlego...

ouvindo: vienna - the fray

até quando

acho que a hora é propícia pra dar uma descidinha lá no inferno... sozinha é mais confortável... como sempre... coisas de perséfone...

não é que ela tema não se encaixar nos padrões toscos estabelecidos pelos outros... é que ela não se conforma como diabos ninguém enxerga ela como uma excêntrica exceção à regra... como uma boneca de pano ultra-customizada e única, se opondo às barbies de plástico que achamos tão fácil nas prateleiras de qualquer porcaria de loja...

talvez eu tenha encontrado alguém sensível o bastante para perceber essas diferentes nuances... eu e minha exagerada cautela ainda estamos em fase de teste com o pobre indivíduo.....

até quando?

quando eu vou começar a baixar a guarda e me arriscar levar um direto na mandíbula?

acho que está na hora de começar a fazer isso também...

ouvindo: everything - the juliana theory