quarta-feira, 14 de julho de 2010

bagaço

começou a chover. quando isso acontece o ar fica com um cheiro meio retrô e sei lá, mas me lembra o começo dos anos 90. da época que a gente ia domingo à tarde no carrefour e comprava caixa com seis donuts de sabores variados. coisa de gordo sabe.

tá chovendo, tá frio.

não tenho porcaria alguma pra escrever, parece que eu fui atropelada pelo caminhão e restou um bagaço que está postando agora, aqui, coisa que não tem nada a ver com nada.

às vezes não falar coisa com coisa é gostoso, esse ócio que parece improdutivo uhm.... olha só... não é que é improdutivo mesmo?

o que o cansaço não faz né... acabamos escrevendo coisas ridículas desse tipo.

ouvindo: everything - the juliana theory

terça-feira, 6 de julho de 2010

amigos

the same old problem...

não me sinto só como antes mas, ainda assim, consigo me frustrar. gostaria muito de poder reunir descontraidamente um grupo de amigos e discutir sobre quase tudo de modo politicamente incorreto. regado a exacerbações de sentimentos, palavrões, desabafos sobre infelicidades do cotidiano e coisas assim.

sem vergonha de beber um pouco além da conta. sem vergonha de aparecer mal-vestido, desde que se tenha o $ pra pagar a (larga)... conta.

por obra do destino, meus amigos estão ocupados demais, deprimidos demais (talvez alguns alegres demais) para investirem tempo na minha companhia.

não sei se eu tinha que ter ampliado a rede de possibilidades, ou estabelecido visitas mais frequentes aos meus camaradas, só sei que, de lá pra cá tenho vivido em um mundo à parte. não estou dando uma de emo, só estou reclamando (haha, estou mesmo) dessa porcaria de situação.

quero boas companhias pro happy hour, só isso. quero uma segunda opinião... terceira, quarta. loosers como eu ou, simplesmente, gente que consegue ironizar sobre algo e rir muito disso.

ouvindo: come undone - duran duran

sexta-feira, 2 de julho de 2010

lago de geléia

quando a gente acha que não vai mais entristecer tão cedo, a desagradável surpresa chega do nada.

não é possível que eu tenha um raciocínio tão bizarro a ponto de não ser compreendido pelas pessoas próximas. é como se eu estivesse nadando em um lago de geléia e quanto mais eu me mexo, mais me canso, mais afundo.

e quanto mais eu rezo, mais assombração me aparece (tá bom, agora forcei, mas combinou vai).

tenho cada vez mais certeza de que estou na geléia sozinha.

mas também, quem mandou eu não pensar como o senso comum? me fodo mesmo. quem mandou eu ter opinião tão diferente? me fodo again.

'ontem' eu diria que... se o que sou é também o que escolhi ser, aceito a condição.

mas hoje... bom, hoje admito que meu corpo e cabeça estão cansados.

mas deixa. todos sabem que, apesar de tudo, a melancolia me cai bem.

ouvindo: sentimental - los hermanos