quarta-feira, 15 de abril de 2015

2009

ah não, eu sou burra sim. ninguém falou, mas em 2009 ninguém tinha falado também, certo?

há muitas maneiras de te empurraram para baixo sem colocarem a mão em você.

domingo, 12 de abril de 2015

gentilmente

eu olho pra 2010 e penso que a vida gentilmente te dá novas oportunidades para aprender o que não conseguiu antes. é sim uma gentileza do universo. é um saco, mas é o que é.

foda é agir do mesmo jeito que antes. é o cúmulo da burrice. eu posso ser folgada, mas não sou burra.

quando as coisas começam a ficar claras na cabeça, então nesse momento podemos e devemos pegar papel, caneta, e colocar a máquina pra funcionar.

ouvindo: pearl harbor soundtrack

sexta-feira, 10 de abril de 2015

bicho

chega uma hora que vão encurralando o rei, a rainha, o bispo, os cavalos, a turma toda. e sinceramente, a vontade que dá é de soltar mata logo esse povo todo que eu quero começar outro jogo que preste.

porra.

ah eu tenho coragem. eu tenho muita coragem pra mudar as coisas completamente. não tente cutucar alguém que está encurralado, vai ver o cara se transformar num bicho dez vezes maior, com uma força cinquenta vezes maior, com 60% menos dó.

pra você pode ser besteira. não pro bicho.

ouvindo: yiruma

vilões

não é uma má ideia morar numa ilha deserta sozinha. quem não tem a capacidade de desenvolver inteligência emocional e social deve viver sozinho mesmo, deve pagar o preço disso.

os vilões são sempre feios, problemáticos, ruins, e claro, sempre vão se fuder no final. a disney está gerando uma cambada de imbecis acéfalos há algum tempo, e nós podemos sentir as consequências disso já.

estão ensinando de forma equivocada o que significa amor. o amor não é beleza, meiguice, chamego, nada disso. não é lamber o outro e dizer que bonitinho. amor é enxergar a pessoa debaixo da feiura, das distorções de personalidade, da camada de merda. é reconhecer e admirar aquele ser cheio de arestas.

eu reconheço que sou o monstro frio recoberto por uma camada de merda marrom (tipo uma paleta mexicana barata), e que se foda.

a vida tá uma bosta mas eu não vou me matar mesmo, uma hora as coisas melhoram.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

ruim

eu espero que a raiva me provoque um câncer, e então eu morro antes de chegar aos 40. a raiva é como feder carne podre, por mais que as pessoas gostem de você, vão acabar se afastando com o tempo. eu poderia arranjar um cachorro, e até gostaria, se fosse adotado e resgatado. ele ficaria do meu lado mesmo com o cheiro ruim. mas e aí que vida eu iria oferecer a ele? não quero isso para um cachorro.

a vida é insuportável. eu não sei como é o pós-vida, não sei se existe limbo e também não sei que critério eles usam pra separar as pessoas entre o céu e o inferno. não conheço a legislação dessas coisas, é muito vago e complicado, cheio de morais e achismos.

acabar com a vida poderia ser apenas como sair de um lugar, arrumar a mesa, os lençóis, desligar as coisas da tomada e apagar a luz. e pronto.

a morte gera a vida, um ciclo acaba e outro começa novinho, ingênuo, puro.

o peso de algo sem conserto é quase engraçado de tão ruim.

ouvindo: coldplay