quinta-feira, 9 de abril de 2015

ruim

eu espero que a raiva me provoque um câncer, e então eu morro antes de chegar aos 40. a raiva é como feder carne podre, por mais que as pessoas gostem de você, vão acabar se afastando com o tempo. eu poderia arranjar um cachorro, e até gostaria, se fosse adotado e resgatado. ele ficaria do meu lado mesmo com o cheiro ruim. mas e aí que vida eu iria oferecer a ele? não quero isso para um cachorro.

a vida é insuportável. eu não sei como é o pós-vida, não sei se existe limbo e também não sei que critério eles usam pra separar as pessoas entre o céu e o inferno. não conheço a legislação dessas coisas, é muito vago e complicado, cheio de morais e achismos.

acabar com a vida poderia ser apenas como sair de um lugar, arrumar a mesa, os lençóis, desligar as coisas da tomada e apagar a luz. e pronto.

a morte gera a vida, um ciclo acaba e outro começa novinho, ingênuo, puro.

o peso de algo sem conserto é quase engraçado de tão ruim.

ouvindo: coldplay

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