quinta-feira, 18 de agosto de 2011

nômade

quem em sã consciência vai gostar de uma japonesa de vinte e sete anos, tosca, que consegue forçar naturalidade com praticamente qualquer homem (susan rabin ensinou)... que sabe tão bem o que quer (chega a ser utópico e frio), que não tem paciência com qualquer sugestão de idéia fora das suas crenças ultrapassadas... que portanto se irrita facilmente... que então desiste e vai embora procurar outra lagoa...

quem vai querer uma louca que compra livros compulsivamente? que prefere conversar com autores que não respondem com grosseria... não respondem... não conflitam... não diretamente... (eles estão fora da minha realidade e do meu cotidiano)...

ver que eu não consigo aceitar algumas pessoas como são é como levar um soco na cara.

não importa de onde vem o soco e quem deu (talvez ninguém). o que importa é que é na minha cara. dói em mim essa porra.

fui eu quem escolheu essa vida de nômade né. sou eu quem arco com as consequências. sou eu quem fico olhando tudo sozinha, sob o vento, sobre os prédios, usando uma capa preta e conversando confortavelmente com meus próprios pensamentos. às vezes eu me sinto mais confortável com a máscara. às vezes? sempre.

ouvindo: love is a mystery - ludovico einaudi

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