domingo, 8 de abril de 2012

ele

"ele admirava que ela fizesse o que lhe convinha, embora, às vezes, parecesse apenas que ela fazia o que era capaz de fazer" (peter d. kramer)

não é só harry que projeta virtudes em mariana cegamente. eu também faço isso. mas que grande ilusão, algo que parece independência e autocontrole pode muito bem sinalizar fraqueza. ou, sendo mais direta, depressão.

o conhecimento muda a nossa percepção. e parece requisito mínimo para fazer algo bom, de fato.

eu me preocupo com ele, sim. ainda mais quando os sintomas, bom... ninguém mais enxerga. é estranho demais levar patadas e continuar gostando de alguém. isso vai contra as leis sociais dessa modernidade onde tudo (e todos) são descartáveis. mas eu gosto dele e pronto. gosto de querer bem, e não querer pra mim.

acho que não há mais nada que eu possa fazer. o que adianta entender todo o mecanismo fisiológico se não há nada que eu possa fazer? fico aqui esperando algum pequeno milagre.

ouvindo: ludovico einaudi

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