terça-feira, 13 de dezembro de 2011

mulher perséfone

hades não precisou falar nada e de repente aquela menina vulnerável se deu conta de que já estava na hora de deixar o lado koré para trás. eu não acho que hades tenha discutido a relação durante 'a viagem ao centro da terra', enquanto dirigia seu carrão preto com a muié do lado... depois de sequestrá-la daquele mundinho óbvio e entediante. ele deve ter ficado quieto, como é o jeitão dele.

ela apenas olhou tudo aquilo, tão diferente do que conhecia até então, principalmente, tão interessante e novo. o inferno é um lugar curioso, não há dúvidas. lá é o lugar de julgamento dos mortos. e vai além da legislação dos humanos... eu acho. esta tarefa não é pra qualquer um.

'descer pro inferno' é uma bela analogia para 'ficar quietinha na sua e refletir paradigmas'. né?

ela que nunca tinha feito nada parecido com isso logo de cara surpreendeu usando todo seu potencial. aquelas outras não tinham base para isso. como leuce e menta. fraquinhas da cabeça, num lugar desses viraram plantas insignificantes.

mas não perséfone.

de menina koré tornou-se mulher perséfone e rainha do inferno. ela foi esperta e soube reconhecer uma ótima oportunidade de amadurecimento e desenvolvimento pessoal, comeu logo aquelas romãs (até parece que foi um ato inocente), pensou 'gostei daqui e daqui não saio, chega de agradar mamãe deméter'.

foi hades que apresentou este mundo totalmente novo a ela. bom, talvez por isso ela o amasse e o admirasse tanto. com toda a razão.

ouvindo: lovers in japan acústico - coldplay

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