segunda-feira, 29 de outubro de 2012

amargor

dor de cabeça, enjôo, advil.

apatia que já está sendo considerada vagabundagem pelos meus parentes. é preguiça de ajudar? má vontade quando eu deveria conseguir ser mais simpática diante os grandes problemas alheios? só não enche o meu saco, eu não quero decepcionar expectativas, não mais.

é quase divertido imaginar como seria difícil limpar sangue impregnado entre esses tacos. ajudaria a manter o quarto com um ar morto por mais tempo. seria quase divertido, e é divertido escrever isso porque ninguém vai ler mesmo. não é divertido, nada é divertido faz tempo.

eu não estou conseguindo ser boa, falar as coisas certas na hora certa, ser magra, ser boa filha, boa neta, boa amiga, boa mulher nem nada. é que nem fazer esteira, queira ou não a esteira gira e eu só vou pisando em cima. assim é com o tempo e com os dias. vai passando uma semana, outra semana, eu não estou conseguindo ser a melhor pessoa que poderia ser. acordo, trabalho e durmo.

quem é que vai procurar um psiquiatra quando no raciocínio, acha que não merece sair do mundo preto e branco? mesmo sabendo que em melhores condições mentais, poderia atuar em benefício das coisas boas. pintar o colorido para os outros. mas o meu merecimento beira a dor física, a minha fome, o meu silêncio e sacrifício. o amargor. está impregnado e faz parte de quem eu sou.

ouvindo: dream in the dark - the fine frenzy

Nenhum comentário:

Postar um comentário