terça-feira, 30 de agosto de 2011

seus livros

hoje me indicaram querido john, o livro... vou furar a fila novamente... postergar carl jung, postergar rosamunde pilcher, eugenio mussak, leo buscaglia, melody beattie...

não é curioso ver as indicações de livros que ando recebendo de homens?

"quando quero compreender alguém rapidamente, só preciso olhar para os seus livros" (richard, novamente).

e se, além de olhar para seus livros, eu os ler...

ouvindo: esme's lullaby - carter burwell

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

criatividade

durante bastante tempo meu ego preocupou-se em saber se eu era uma pessoa criativa. foi quando eu me dei conta de que criatividade era apenas uma habilidade latente. e que não adianta nada ser criativo sem ser criador.

por isso o primeiro item da minha lista é criar.

um tal virgilio escreveu alguns belos itens que definem criatividade:
* a capacidade de produzir coisas novas e valiosas. ou arte.
* a capacidade de desestruturar a realidade e reestruturá-la de outras maneiras.
* a capacidade de unir 2 coisas que nunca haviam estado unidas e tirar daí uma 3ª coisa.
* uma capacidade inata que é bloqueada por influências culturais e ambientais.

unir duas coisas que nunca haviam estado unidas e tirar uma terceira coisa... sempre que me uno a alguém (em qualquer sentido), tira-se uma terceira coisa... não, não um bebê. uma idéia nova, uma revisão de crença ultrapassada, um sentimento, ou mera emoção. é, um dia vai ser um bebê. vai demorar.

puta merda virgilio, aí tem itens pra vários posts. acabei de postar três coisas em um dia. tô enjoada.

ouvindo: one song glory - rent

perfeição

a minha lista enxugada de valores inclui: criar, perfeição e impacto.

perfeição? coisa polêmica do caraio. mas há algo bem simples a respeito: o erro ao lidar com a perfeição é julgar e maltratar o que é imperfeito.

perfeição é uma obsessão ou uma acolhedora meta? ora, vamos lá, sabemos que o homem está fazendo o melhor que consegue. robert anthony fala a respeito disso naquele livro... e eu acho que faz sentido. e o aperfeiçoamento só vem com a prática. é necessário todo o processo.

sejamos maleáveis conosco e com os outros.

sêneca e outros caras falam sobre virtude, quando o assunto é perfeição humana: refrear os desejos (temperança), dominar o medo (coragem), tomar as decisões adequadas (prudência), dar a cada um o que lhe é devido (justiça).

estou pouco me fudendo em fazer justiça. não sou batman. quanto ao resto, estou fazendo o meu melhor.

ouvindo: betterman - robbie williams

lucidez

incrível como susan rabin nocauteia richard bach usando apenas um capítulo. um livro inteiro sobre almas-gêmeas, 510 páginas... e ela levou apenas quatro para tirar o leitor da nuvem de utopia e o fazer pisar em terra firme, de forma sensata, lógica e prática. como sempre.

steven carter não se surpreenderia ao ver o divórcio de leslie e bach. assim como eu também não me surpreendi. o amor romântico vai sendo substituído pelo amor realista, assim como as baterias de lítio. funcionam melhor, são mais leves e têm melhor qualidade.

eu sei, um relacionamento de vinte e três anos é algo bem real. mas eleger alguém como sua alma-gêmea é colocar responsabilidade demais em cima do outro.

eu sei que o excesso de realismo pode ser usado tanto para auto-proteção quanto para enxergar a beleza das cores reais sem lentes rosas. eu uso para ambos. manter a lucidez é uma questão vital pra mim.

querer estar no controle de tudo ainda vai foder com a minha vida... ou, pelo contrário, é o que vai me salvar.

ouvindo: everything - the juliana theory

sábado, 27 de agosto de 2011

sincronia

a minha intuição dizia pra eu prestar atenção no capítulo quarenta e sete. li toda aquela doidera sobre sair do corpo, até que a frase pulou que nem um sapo e eu peguei no ar.

'não é a idade, mas sim o fato de estarmos fora de sincronia'.

eu não estou em sincronia com ninguém. seja três anos mais novo, dezenove anos mais velho, seis anos mais velho, seis meses mais velho... é mais que idade. é mais qualitativo do que essa quantidade de números.

poderia ser muito animador agora, me dar conta de que a visita que espero bater na porta vem com idade indeterminada. mas é desanimador estar fora de sincronia com todo mundo. pessoas fora de sincronia seguem enxergando patos no espelho. ok, ver patos fortalece.

ouvindo: white night - ludovico einaudi

iktsuarpok

o mais curioso de ficar indo até a porta de casa para ver se a pessoa está chegando é... não saber quem, como, que horas. nem se vem mesmo. eu aposto que mais gente disfarça antes de fazê-lo...

ninguém quer ser tachado de neurótico. mesmo que sejamos um pouco.

'o que faria se a visse agora, caminhando pelo campo? num tolo impulso, sentindo um estranho calafrio na nuca, virei-me para olhar. o campo estava vazio' (há muitos tolos pelo mundo, não só richard).

quem diria que existe uma palavra em inuit para esse ato? iktsuarpok... ficar checando a porta... a porcaria da porta...

ouvindo: arise - e.s. posthumus

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

incorporar

ivan martins disse que a tal pessoa especial é 'a resposta às minhas ansiedades'.

pessoas diversas respondem à minha diversidade de ansiedades. frequentemente acabam apenas passando por aqui. me resta incorporar as respostas e então o que é interessante neles passa a ser em mim também. eu acabo não precisando me apaixonar por todas as pessoas interessantes que eu conheço... acontece o contrário, me apaixono por todo mundo.

o que vai acontecer quando eu resolver me fixar a uma pessoa especial? me deu uma pontinha de fobia agora. mas o mundo não precisa parar.

'se não estivéssemos mudando, um para o outro, ficaríamos entediados!' (richard falando pra leslie)

tudo começa a morrer na estagnação. incorporamos tudo o que podíamos um do outro. o que era interessante e o que não era. não sobrou nada. e agora minha mente anseia pelo novo. por crescimento.

não deixe de ser interessante, de ter ansiedades novas e de ter e não ter respostas, por favor. eu também vou fazer de tudo para isso não acontecer comigo. e então poderemos ficar bastante tempo juntos.

ouvindo: animação thought of you - ryan woodward (ela incorporou o sombreamento dele. ele incorporou a leveza de traços dela. e os dois estão prontos pra partir).

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

solitude

os homens têm necessidade de ir para suas cavernas, john gray? uma fatia seleta da mulherada também. essa pequena parcela busca solitude ocasionalmente. e para todas as outras mulheres que sentem solidão (mesmo acompanhadas)... meu palpite é que... não chegaram a aprender apreciar a própria companhia. que tal?

solitude tem tudo a ver com parar. parar com tudo à nossa volta. e sobrar só eu... e eu.

deixa eu conversar um pouco comigo mesma. deixa eu tomar distância pra enxergar a totalidade da obra. porque assim de perto está tudo embaçado.

kundtz falou que se só existissem notas e nenhuma pausa, haveria uma babel. o som não soaria como música, pois seria mais parecido com uma sirene. nota e pausa. harmoniosamente. a pausa é um silêncio tão harmonioso que dentro da melodia torna a canção muito bela.

é no repouso que as fibras musculares formam micro cicatrizes. o músculo cresce. sem repouso o que resta é a lesão. (eu tinha que comentar isso).

assim como o objetivo de parar é ir em frente, o objetivo da solidão é deixá-lo mais presente e receptivo quando você estiver com alguém (kundtz again).

ok, este não é o objetivo da minha solitude (não solidão, seu kundtz!!!), mas se eu aprender isso também, é outra coisa que saio ganhando. parece uma boa. pouco a perder. muito a ganhar.

ouvindo: não existe amor em sp - crioulo (homenagem à alex)

terça-feira, 23 de agosto de 2011

leslie

ela é tão inteligente, tem o raciocínio tão rápido, é coerente e... tem medo de ser abandonada. legal essa coisa de ser um humano, não?

leslie, meu batman interior agora usa a lei da guilhotina (acabei de inventar), que consiste em decepar 'homens e possibilidades' que vêm com algum defeito como... fobia a compromissos. é frio, seco e calculista.

..... até encontrar o homem perfeito!

eu sei... ela correu o risco e teve um casamento bem sucedido por vinte e três anos. correr o risco... correr o risco... derrubar muralhas... me manter fiel às minhas regras... minha lista...

puta merda. meu richard interior está discutindo com minha leslie interior. puta saco heing? puta que pariu. minha cabeça tempesteia como se eu estivesse em março.

ouvindo: de onde vem a calma - los hermanos

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

in loco

acabei de ler a carta de leslie. como se reivindica a exclusividade de alguém que já está com a mochila nas costas? não se reivindica. por isso escreve-se uma carta (como qualquer coisa escrita, ninguém interrompe sua fala no meio), com explicações cuidadosas e detalhadas, e o problema todo está resolvido.

eu quase rio. eu sempre quase rio lendo coisas, mesmo que não sejam engraçadas. não, eu não sou tão idiota. é que... é aquela sensação de déjàvu sarcástica pra cacete. eu já estive lá também. já escrevi cartas e já fiz inúmeras analogias. e já as enviei para pseudos-richards. e já tive resposta pra tudo também, a là leslie.

ler, às vezes, é como folhear um álbum de fotografias nostálgicas...

eu aprendo muito in loco. de onde eu tive a idéia idiota de pular fora do laboratório, então? zona de conforto é uma merda mesmo... o medo da dor e do fracasso é uma merda maior ainda.

puxa aí uma cadeira. chegou mais um jogador.

ouvindo: goodbye - air supply

domingo, 21 de agosto de 2011

professor

ok, madre tereza... eu não amo por admiração mas, ainda assim, admirar é algo fodidamente intenso.

estar em uma aula de desenho é mais do que ter que arrumar um traço torto. o contato com um conhecedor de arte sutilmente esculpe minhas arestas e dá aos poucos, bela forma à minha noção de tudo o que o homem pode criar visualmente.

admiração por conhecimento, técnica, sensibilidade, experiência. eu costumo chamar de professor.

treino. em breve, vou reproduzir com as mãos tudo o que a minha mente criar. primeiro no lápis. depois nas cores e aí quem sabe, no grafite. que? ah, pincel? vamos ver se ele me convence nessa. pincel... haha.

ouvindo: kuvera - e. s. posthumus

medo

quem passa por aqui e me vê parada, ouvindo ludovico, não imagina a quantidade de programas e arquivos abertos rodando na minha área de trabalho mental neste momento.

estou pensando, sentindo e lendo, desde que acordei. depois de organizar um pouco as idéias, o que mais fica evidente neste momento é aquela palavra... medo. dizem que atos corajosos não são desprovidos de medo, e sim, de ação, apesar de tudo.

"ouse ser a pessoa dos seus sonhos", é a minha voz interior constante... e a pessoa dos meus sonhos é mais corajosa do que isso aqui que tenho sido. me dei conta disso hoje. não me envergonho por não ter sido ontem ou um mês atrás. é o que é... porra.

escudos são como excesso de assepsia quando se é bebê. na hora você não vê a merda que deu, só depois, quando vira uma criança alérgica. escudos pesados não te dão leveza na hora de lutar. anula a sua astúcia. vale a pena? começo a achar que não. correr o risco... ('não jogar' reduz o risco de ganhar a zero).

estão abertos agora os arquivos mentais "o amor é desapegado", "ame apenas, sem explicação" e "a paz é uma sensação boa, se você conseguir atingir". é mais gostoso do que fazer monografias. hehe. e a conclusão é melhor ainda.

não vou sair correndo. não mais. deixe as pessoas importantes passarem por aqui, deixe que permaneçam pelo tempo que o acaso determinar. é simples. de repente eu compreendo o que é desfrutar cada momento com tranquilidade. e agradecer a oportunidade de peregrinar por paisagens, lagos e mares que eu nunca tinha imaginado antes. e que são adoráveis.

ouvindo: zhivago - ludovico einaudi

sábado, 20 de agosto de 2011

temporário

acordei de madrugada e senti um cheiro de chuva, imediatamente parecia que eu estava em são thome das letras, dentro de uma barraca (a minha barraca! uma quechua t3 linda por sinal) com alguém que faz tempo que eu não lembrava... não com tantos detalhes... cheiro? lembrar de cheiro é foda... lembrar de são thome é foda.

é para pôr um ponto final de ouro na minha semana da melancolia. eu não vou me jogar da janela, no entanto essa dor é quieta, constante e real.

devo lembrar que tudo isso é temporário. "a verdade é que a solidão transforma" (dr kundtz).

o patinho feio quase congelou naquela porra de lago, naquele maldito inverno, sozinho. ele sobreviveu, virou cisne (haha, ele já era cisne, sua besta), achou a lagoa certa, está tudo bem agora.

tudo isso é temporário. ferramentas do presente para que se possa construir um futuro de qualidade.

ouvindo: fairytale - ludovico einaudi

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

nômade

quem em sã consciência vai gostar de uma japonesa de vinte e sete anos, tosca, que consegue forçar naturalidade com praticamente qualquer homem (susan rabin ensinou)... que sabe tão bem o que quer (chega a ser utópico e frio), que não tem paciência com qualquer sugestão de idéia fora das suas crenças ultrapassadas... que portanto se irrita facilmente... que então desiste e vai embora procurar outra lagoa...

quem vai querer uma louca que compra livros compulsivamente? que prefere conversar com autores que não respondem com grosseria... não respondem... não conflitam... não diretamente... (eles estão fora da minha realidade e do meu cotidiano)...

ver que eu não consigo aceitar algumas pessoas como são é como levar um soco na cara.

não importa de onde vem o soco e quem deu (talvez ninguém). o que importa é que é na minha cara. dói em mim essa porra.

fui eu quem escolheu essa vida de nômade né. sou eu quem arco com as consequências. sou eu quem fico olhando tudo sozinha, sob o vento, sobre os prédios, usando uma capa preta e conversando confortavelmente com meus próprios pensamentos. às vezes eu me sinto mais confortável com a máscara. às vezes? sempre.

ouvindo: love is a mystery - ludovico einaudi

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

blink 182

eu gosto de blink 182 porque não me lembra ninguém... é a banda que eu gosto... não é u2, não é caetano, nem tiririca... eu gosto porque a bateria do travis me dá vontade de correr... na esteira, ou sob o ar fresco... no asfalto... eu gosto do som limpo daquela bateria...

stay together for the kids... adam's song... stockholm syndrome... i'm lost without you...

são músicas adequadas para ouvir sozinha, são surpreendentes (que nem ver jim carey fazendo joel no brilho eterno... cadê o palhaço? quem diria q jim faz o introspectivo joel tão bem?).

eu ouço blink 182 e me sinto em casa.... opa... eu tô em casa memo! hahahah.

ouvindo: up all night - blink 182 (do album novo neighbourhood, pra setembro)

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

odeio despedidas

causa maior.... estou focando na causa nobre pessoal maior....

eu odeio despedidas. vai ver que, por isso, costumo fazer com que elas sejam amargas. sei lá... de qualquer forma, o retrogosto nunca é amargo. é levemente doce... e nunca enjoativo. espero que assim seja, também, do outro lado.

o silêncio é evocativo... você nunca vai me esquecer... até agora não esqueci, hehe. esquecimento em um mês? só se fosse um alzheimer fodido e fulminante. rindo pra não chorar agora.

tenho 510 páginas de richard bach e caixinhas de halls azul para me lembrar dele. e U2. quanto tempo isso vai durar? não acho que lá do outro lado ele esteja tão empenhado assim em pensar em mim quanto eu estou em pensar nele. talvez o número 27 tenha sido marcante. não é muita coisa...

ah, sejamos práticos! a única coisa que eu posso dizer disso tudo é...

with or without you... i can't live... with or without you...

ouvindo: U2 - with or without you

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

sangue humano

o meu sangue de barata contém traços de sangue humano que não se vê a olho nu. hoje não está sendo um dia fácil... facilita um pouco ter a possibilidade de ficar na minha sem falar com ninguém. facilita sim.

por isso hoje eu comi menos (e tomei café pra caraio), daqui a pouco vou colocar um shorts e ir pra esteira com meu warkman... com um playlist diferente hoje... quem sabe.

o cansaço é mental. emocional. sei lá...

eu sei que amanhã isso passa mas hoje ainda é hoje né... eu sei que eu sou uma montanha russa mas a imagem do batman ainda está lá na tela do meu celular... tudo ao mesmo tempo agora. tá foda. pra caraio.

ouvindo: tiger lily - matchbox romance