escolhendo as cores

as melhores épocas da minha (longa?) vida foram aquelas em que eu pude ser eu mesma, com toda a autenticidade e bizarrice que eu tinha direito... o estranho é lembrar disso depois de um tempo e se dar conta de que hoje os tempos mudaram e o condicionamento te engole e predomina...

claro, isso não tem idade pra acontecer, pode acontecer quando você tem 20 ou 30... ou 25...

eu percebi também que não estou conseguindo colocar em prática o tal 'o velho e o moço' do amarante... afinal, para eu me responsabilizar pelas minhas escolhas, elas precisam ser feitas por mim, certo? sem influências externas...

vou tentar barrar as influências externas e focar mais no meu 'eu' interior... haha, que papo de psicólogo isso...

que graça tem a vida se não pudermos escolher as cores? hoje preto e branco... amanhã, verde limão... depois de amanhã, vermelho fogo...

ouvindo: time after time - everything but the girl

auto-conhecimento

engraçado, eu não consigo evitar a minha natureza... a minha vontade é ser como a clem, a sara (doce novembro?)... já pensou, cortar o meu cabelo sozinha? ah é, eu fazia isso! hehe... acho que eu nasci pra usar roupa colorida, fazer umas doideiras... não tem como evitar...

estou colocando de uma só vez todos os livros em prática... parece que eu estou mergulhando em um profundo auto-conhecimento... chique demais...

se eu não tinha certeza sobre quem eu era, hoje tenho menos ainda...

e quanto mais eu me conheço, mais eu mudo, e mais eu me pareço comigo mesma...

eta processo trabalhoso... mas necessário!

ouvindo: globes and maps - something corporate

playlist

olha só os sintomas novamente... não estou mudando a cor do cabelo toda a semana, mas o playlist do meu mp3player muda praticamente todos os dias... dessa vez eu revirei o fundo do baú e encontrei músicas que eu ouvia em 2003, 2004... momento nostalgia... já pensou eu começo a emagrecer muito, uso aquelas calças skinny, franjona preta caída pro lado, tênis de cano alto... combina muito bem com essa seleção musical aqui... the used e etc...

quem sabe eu me empolgo e pego mais o violão... 

ouvindo: acoustic song - student rick

vá viver...

será que eu aguento outro joel? acho que não...

não faça isso, clementine, você é impulsiva mas não é burra...

por que você não arruma alguém que te faça brotar o melhor que há em você? como dizem todos esses livros que você tem lido? isso é pedir demais? não, não é... artemis não iria gostar nada disso... sua vontade de andar por campos abertos usando túnica curta não é maior? claro que é né... você sabe...

sei lá... vá acampar.... vá sentir cheiro de grama... vá ouvir a fogueira crepitando... vá respirar ar puro... vá comer gororoba de acampamento... o qq tem? não é o que você gosta? apenas admita...

vá fazer o que você quer fazer... quem, além de você, sabe o que é melhor?

vá viver, mané... você só tem 25...

ouvindo: esme's lullaby - carter burwell

liberdade

liberte-se... seja quem você é... agrade a quem agradar... desagrade sem se importar... parta pra outra, se precisar...

o que acontece quando você anda muito com alguém que não gosta do seu jeito de ser? você começa a se sentir um bosta... um looser... um zé ninguém... mas sabe de uma coisa? provavelmente você não é nada disso... é apenas um coitado que teve a infelicidade de tentar agradar alguém que não queria ser agradado pela sua humilde pessoa...

sabe quando você percebe isso? quando sai dessa situação doente e passa a pensar mais sobre quem você é, do que você realmente gosta, o que o faz sentir bem, o que o faz querer vomitar, o que o faz rir ou chorar, das pequenas coisas que realmente importam, das coisas grandes que não importam, das peculiaridades dos seus gostos estranhos...

e sabe o que é bom? quando você se vê cercado por gente que gosta da sua pessoa, tudo fica mais leve e de repente você é tomado por uma calorosa sensação de entorpecimento por excesso de serotonina...

isso é uma forma de liberdade? sim... e eu descobri que adoro isso...

ouvindo: asleep - the smiths

Qual é a sua contribuição?

Estou mergulhando nos livros... é incrível como me sinto bem conversando com eles... não, não sou autista... é que esses caras que têm o dom de escrever compartilham idéias parecidas com as minhas, então parece que eu estou em um churrasco conversando, batendo papo e até rindo...

Acabei de ler algo que resumiu tudo o que venho pensando até agora... qual a sua contribuição aqui? Aqui na terra, aqui no seu bairro, sei lá, no mundo em que você vive... qual é? Você sabe? Porque eu me dei conta de que faz uns 5 anos que tenho gasto toda minha contribuição e meu tempo livre com dois indivíduos panacas, as últimas pessoas do mundo merecedoras de qualquer tipo de contribuição...

Essa é a Leda? Ah, claro que não... alguém ainda tem dúvida?

Eu não preciso de mudanças na vida pra repensar em tudo, mas até que estou gostando dessa... minha cabeça atual não me permite simplesmente preencher o tal espaço vazio com alguém que vai atender minhas necessidades afetivas e carnais... eu quero sempre mais...

Ainda estou planejando a minha contribuição... com certeza quero ter a satisfação de alegrar a vida de algumas pessoas... várias pessoas... que valorizam e entendem...

ouvindo: somewere over the rainbow - israel kawakawiwo'ole

gostar de alguém?

tentei ser puramente racional e não consegui... vai ver que o ser humano é assim mesmo... seja ele ariano ou virginiano...

descobri algo muito interessante sobre gostar de alguém... como fui me dar conta disso aos 25 anos? agora me parece tão óbvio... sabe quando você perde uma pessoa e sente um vazio imenso dentro de si, no ambiente, parece que todos os dias são frios e sua vida começa a rodar em preto e branco? de repente, até andar de metrô parece melancólico...

pois é... é duro perder alguém que você gosta... é uma sensação áspera e amarga... todos deveriam passar por isso um dia... pra fortalecer a musculatura da alma... seja lá o que isso quer dizer...

parece que toda vez que você perder alguém vai sentir isso, não?

o que eu acabei de dizer parece óbvio pra você?

pra mim não mais.

experimente perder alguém e não sentir nada... nenhum vazio... frio algum... solidão nenhuma... sim, os dias continuam cinzas, mas, sabe o que é... estamos no outono! não é "aquele" cinza... aquele que mencionei lá em cima... estou sentindo um frio gostoso do clima típico de maio... mas não dos meus pensamentos...

perder alguém e não conseguir sentir nada... achei que isso nunca fosse me acontecer... mas está acontecendo... incrível, não? acabei de descobrir que nem tudo é óbvio... os sentimentos não se repetem... aí está... entendi... gostar de alguém talvez seja algo que simplesmente acontece...

ou não acontece...

ouvindo: river flows in you - carter burwell (filme crepúsculo)

mas o que você gosta em mim?

sexta feira... feriado... estive pensando... e se eu perguntasse pro cara "mas o que você gosta em mim?" e ele respondesse exatamente a mesma coisa que EU gosto em mim... mas isso não é algo óbvio né... cada um tem uma história, talvez ele não enxergue as qualidades que eu vejo em mim...

gostar por gostar... não saber explicar... não sei não... e eu já não tenho experiência o suficiente pra saber que esse tipo de coisa não funciona? e se funciona, é a curto prazo... nossa, que "empolgante"...

aliás... pra que a gente precisa de homem? me diga apenas isso... você não sabe né, eu também não sei... a parte boa da coisa é boa o bastante pra compensar a parte em que eles nos enjoam? não sei... estou quase dizendo não... mas é que eu não vou virar freira... então não digo nada...

só sei de uma coisa... tenha sempre o controle da situação... não caia na besteira de se apaixonar por homem nenhum, e então você será sempre livre... há quem não concorde, mas eu uso isso na minha humilde vidinha...

nossa, mas que menina ruim!... ruim pra quem? pra você? não pra mim... hehe

ouvindo: american woman - lenny kravitz